Falamos de demissão humanizada e seus processos – da decisão de desligar uma pessoa até a comunicação pós demissão com a equipe que fica na empresa, amenizando o choque. Mas existe um desdobramento para esse procedimento, onde muito mais que humanizar o delicado momento da demissão, deixando o processual mais explicativo e respeitoso, é tornar a própria demissão um momento de carreira importante, onde a empresa mostra cuidado com a pessoa e promove uma preparação para a próxima colocação: se chama offboarding.

É o processo seletivo para saída, usando a mesma filosofia do onboarding. Se no onboarding existe o pensamento de integrar o novo funcionário na empresa, de maneira organizada e para que ele possa começar a trabalhar já conhecendo o máximo possível da empresa e do que ele vai fazer, o offboarding promove o mesmo nível de organização para a saída do funcionário, e mais do que isso: é um processo que pensa muito bem em todo o processo, até mesmo como que vai ser feita a nova contratação, se ela for acontecer.

E no que ele difere da demissão humanizada?

Primeiro, offboarding é um processo estabelecido na empresa e que faz parte do dia a dia. Não é uma ação estanque que cada gestor faz se achar que deve, uma vez que a demissão humanizada pode não ser aplicada. O offboarding é uma política da empresa, pois mobiliza mais que apenas a equipe a sofrer a perda e o RH.

Segundo, o offboarding tem duas funções: cuidar sinceramente do funcionário que está de saída, enquanto resguarda a empresa de perdas de materiais e ações trabalhistas, e obtém informações para desenvolver o clima e os procedimentos com o pessoal. Não se trata de um processo a mais – bem feito, é uma operação que gera resultados palpáveis no dia a dia.

E como que é o Offboarding?

É uma série de ações e medidas para um desligamento seguro, claro e respeitoso, onde o funcionário agora desligado é submetido a uma entrevista de saída, e recebe uma série de benefícios que visam auxílio para uma recolocação, que vão desde cursos de atualização até mesmo equipamentos como laptops em adição ás suas rescisões.

O processo começa com procedimentos formais, onde se verifica se a empresa tem pendências financeiras com o funcionário – férias em haver, férias de gaveta – e se as responsabilidades da empresa para com o funcionário estão sendo cumpridas todas.